essência

Cada passo que dava mais eram os arrepios sentidos.

Aproximava-se lentamente… foram trocas de olhares, até que houve o impacto: sorriu.
Tocou no joelho, delicadamente, perguntou o que era.
Não queria pensar, não queria sentir o tempo passar…
Passou (…)!
Ficou um adeus tão vago.
Cheguei. Só pensava no momento, só pensava nas palavras, nos gestos.
Qualquer coisa servia de pretexto para voltar a sentir… (o quê?), não sei.
Era uma sensação agradável, isso era, mas gostei, foi bom e isso fazia-me feliz!
Os olhos castanhos, o cabelo claro, o sorriso, a simpatia, era tudo o que restava, em pensamentos, claro… mas estava lá, tão presente… tão vivo.

Ele era real e eu gostava dele.

(parte I)

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Nessa noite gélida, quando o vento levava os meus cabelos a tua imagem percorria a minha mente.

Ia-se soltando uma lágrima, muito lentamente, à medida que as lembranças voltavam. Sentia as tuas mãos geladas acariciando-me a cara, sentia o teu calor vindo junto ao meu corpo, sentia os teus lábios procurando os meus. Sentia um bater acelerado e repentino do coração, sem qualquer explicação.

Estavas junto a mim, estavas presente na minha vida ao passar do tempo.

Ansiei pelo teu abraço, pelas tuas carícias e só te sentia longe.

Cada vez os dias se tornavam mais gélidos, cada vez estava mais só. Eras a componente perfeita.

Sem ti, os dias eram mais escuros; tornavam-se longos e incompletos. Sem ti, tudo era diferente, até a maneira de adormecer. Não sei por onde andas, onde estás, ou o que é feito de ti. Um dia, quero-te encontrar…

Por agora, sonho. Até um dia

(parte II)